domingo, 27 de junho de 2010

A ordem das coisas


Todos têm uma idéia de como é. Nunca chega perto do meu entendimento de tal ordem. Para os outros as minhas coisas estão sempre fora de ordem, ou seja, em desordem.
No emaranhado de coisas que se acumulam em cima de minha mesa, o aparente caos é deliberado. Nele eu encontro uma organização estranhamente relacionada. Eu sei que vou achar clipes de papel no lado esquerdo, abaixo de recibos soltos, de compras de algumas semanas atrás que por si estão em cima daquele livro de mistério que foi uma boa idéia ler, mas que espera uma continuidade há três meses. Mas sei que volto a ler, por isso está lá, esperando. Entre blocos de notas, bilhetes de loterias não vencidas, recibos de minha sorte. Está tudo lá, desordem aparente, para mim formas abstratas que me direcionam ao que procuro. Se arrumasse nunca acharia um lápis sequer.

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