quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Amantes no parque

Fim de tarde de inverno, num parque, um caminho entre as árvores. Pisando nas folhas secas que cobrem o chão, anda um casal, mãos dadas, agarrando entre eles promessas de um amor sem fim.
Sentam-se ao banco meio encoberto das folhas trazidas pelo vento frio que não parece incomodá-los, aquecidos pelos beijos, abraços e planos de uma longa vida juntos.
Sem medo de um dia separar. Coragem de amar.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Vida e Morte

Penso sobre a vida, o que fazemos nela, as metas, as conquistas. Às vezes perdemos, outras ganhamos.
Penso na morte, não no sentido que vou morrer, todos vamos um dia. Penso no problema de morrer antes da hora. Devia haver uma hora certa pra isso. Quando você conseguisse coordenar todas suas coisas, estiver tudo preparado para os que te irão sobreviver, ter feito tudo que queria, conseguido ser feliz, ter amado, ter sido amado, muito importante. Não deixar corações feridos por que um dia não se disse que amava alguém. Tenho algumas pessoas a dizer isso.
Tenho lugares a ir e conhecer. Não seria certo morrer antes de conferir estes lugares. Escrever sobre eles. Deixar para os outros a noção de como estes lugares me afetaram, o que senti deles. Seria incorreto, um ato falho não fazê-lo.
Tenho muita vida pra viver, pois ultimamente não tenho feito muito disto, portanto preciso de tempo pra colocar a vida em dia.
Tenho que agradecer as pessoas que me cuidaram, me deram amizade, me amaram e que me amam até hoje. Com certeza vai ter gente que nem eu que também se atrasam nos afazeres da vida.
Muito que fazer, não dá para morrer.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O Sol

A noite enfim vai embora. Sinto a alegria das árvores dançando na brisa matinal. Elas também não gostam da noite. Ambos esperamos o sol. Seus raios distantes já tocam o topo das árvores que brilham sua luz me avisando da chegada do dia.
Da minha janela tudo observo. Vejo o dia chegar com uma promessa de espantar de minha mente a noite que passou. Tento a alegria dos seus raios que aos poucos invadem meu quarto. Seu calor é benzedor, me enche de energia. Banho-me em sua luz suave e sinto seu calor crescente. Vejo as cores invadirem o céu de poucas nuvens que a brisa aos poucos afasta pra lugares distantes.
Saúdo o novo dia, saúdo a esperança de uma alegria que ontem não me acompanhou.