segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Veneza - 2ª Parte - Final?

Bond, James Bond.

Aquele convite era irrecusável, portanto me deixei levar pela garota sexy. Ela me disse que seu nome era Nina. O pai dela a tinha mandado para a casa de Pippo, um antigo amigo e parceiro de negócios.
Quando chegamos à residência, um dos prédios de frente para o Grande Canal, um homem enorme nos recebeu ao portão. Nina o cumprimentou alegremente. Ela me levou para dentro da casa, no segundo andar.
-Ciao Pippo! Ela disse para o elegante senhor, de cabelos brancos, recostado ao balcão da sala de estar.
-Ciao Nina! Ele respondeu.
-Que é o rapaz? Ele perguntou.
-Ah, um rapaz muito bom que conheci hoje. Ela comentou.
-Tudo bem. Ele se importaria se os rapazes, pela segurança, o revistassem? Devemos sempre ser cautelosos, ele disse.
-Não creio que ele irá se importar. Ela replicou e virando-se para mim perguntou. – Você se importa?
-De forma alguma, respondi. Como se tivesse escolha.
Dois homens maiores ainda que o do portão vieram ao meu encontro e me revistaram sob o olhar atento de Pippo. Foi uma sensação muito estranha.
Após eles me liberarem, ela me levou por um corredor para uma sala mais isolada, cheia de sofás e nos acomodamos num em frente à janela que dava para o pequeno balcão com uma vista do Canal. Ela sentou-se de lado e me enlaçou com suas pernas. Seu vestido justo subiu completamente. Pelo jeito, ela não acreditava em usar calcinhas. Era uma visão inesquecível.
Começamos a conversar. Eu a perguntei o que tinha sido tudo aquilo na outra sala. Ela riu e disse:
- Não se preocupe. Pippo é um pouco paranoico no respeito à segurança. Ele é um negociante de armas grego e tem alguns inimigos. Ele e Johan, meu pai, são sócios em algumas negociações com os Russos e algumas pessoas na Ásia. Minha mãe morreu alguns anos atrás e meu pai se tornou extremamente protetor meu. Ele tem contatos de negócios com os russos e vai sempre lá para o Pippo. Mas isso tudo não é importante, você é. E dizendo isso, puxou o vestido pra cima e ficou totalmente nua à minha frente, recostada no sofá, suas pernas ainda em volta da minha cintura. Ela me puxou para si.
O que eu podia fazer? Havia um negociante de armas com enormes capangas na outra sala, uma garota nua à minha frente, gritando por sexo, cujo pai tinha negócios com a Máfia Russa. Acho que hoje eu tinha conhecido uma das garotas do James Bond. Ela era quente e perigosa.
Nós fizemos amor, um ótimo e excitante amor. O sentido de perigo que tudo trazia tinha elevado minha adrenalina a um ponto máximo.
Mais tarde continuamos a conversa. Eu a perguntei por que o seu pai a tinha mandado para Veneza. Ela me contou que tinha feito alguns escândalos na sociedade de Oslo, culpa de alguns excessos de contexto sexual.

Eram sentimentos que ela não conseguia controlar e quando vinha a vontade ela não parava por nada e isso estava prejudicando umas delicadas negociações que seu pai conduzia no momento. Eu havia evidenciado o problema de perto, no beco lá fora.
Algumas pessoas não conseguem ter controle total de seus sentimentos e emoções. Ela não conseguia controlar emoções, apenas se deixava levar por elas e isso pode acarretar situações bem estranhas.
Ela tinha sorte de ter pessoas protetoras à sua volta.
A luz do dia estava começando a aparecer quando saí de lá. No caminho do hotel decidi que tinha que deixar Veneza hoje, reduzindo minha estada em dois dias. Algo me dizia que a presença do pai dela não iria ser agradável.
Eles pertencem a um mundo totalmente diferente do meu e me forçar nele por causa de sexo não seria esperto da minha parte.
Passei pela estação de trem, consultei os horários e havia um que ia pra Milão e partia às 11h55min da manhã. Comprei a passagem. Eu podia pernoitar em Milão e pegar o trem que cruza os Alpes pela manhã, em direção à Alemanha e então ir até Paris.
Cheguei ao hotel, tomei um longo banho, fiz as malas e desci para tomar o café da manhã.
Às 11h30min já estava na estação. Exatamente às 11h55min o trem partiu.
Eu não estava fugindo dela, apenas de um estilo de vida ao qual eu não pertencia e das complicações que isso poderia me acarretar.
Nina, uma doce e complicada jovem, a minha garota James Bond.


Fim.