quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Veneza - 1ª Parte

Portão de Ferro.

É começo da tarde em Veneza. Estou sentado a uma mesa em um restaurante, tomando o café da tarde, saboreando uns doces locais. Algumas pessoas, envolvidas em conversas, estão nas mesas próximas da minha.
No fundo do restaurante há uma mulher, sentada a uma mesa, também tomando seu café da tarde, sua cabeça encostada na parede atrás dela. Ela é linda e não aparenta ser italiana. Ela tem uma aparência nórdica, com cabelos louros bem claros, cortados curtos, num estilo moderno.
Notei que ela deu umas duas olhadas na minha direção.
A mulher pode ser bem discreta ao observar pessoas, mas são bem astutas. Elas parecem estar distantes em seus pensamentos, mas basta um rápido olhar para conseguir saber tudo que querem do que lhes chamou à atenção.
Eu estava acabando meu café quando ela levantou-se e veio em direção à frente do restaurante. Ela usava um vestido estampado, bem justo em seu corpo, chegando à metade da altura de suas coxas, destacando suas longas e bem torneadas pernas. Ela passou bem perto de mim, quase me tocando e deixou cair um guardanapo no chão, aos meus pés e saiu. Eu peguei o guardanapo do chão, curioso. Tinha a marca de seus lábios, em batom. Eu me levantei rapidamente e fui a seu encalço.
Lá fora, não consegui achá-la, na rua que ladeia o Grande Canal, que estava cheia de pedestres. Desisti e fui em direção ao hotel em que me hospedara perto do terminal de trens. Foi aí que a vi novamente, indo em direção à ponte perto da estação. Eu comecei a andar mais rápido, para não perdê-la de vista. Cruzei a ponte rapidamente e a vi entrando em uma das ruelas que serpenteiam pelas residências. Eu estava tentando acompanhá-la, mas ela ainda estava distante.
Agora, a ruela chegou a uma pequena ponte que levava a outra parte da cidade. Estava fora dos caminhos habituais por onde os turistas circulam.
A ponte me levou a outra rua mais estreita que terminou em uma ponte menor à esquerda e o caminho a uma residência, à direita. Ela fazia borda com o canal apertado, entre as casas. Estava escuro, nas sombras da luz do fim de tarde.
Quando eu virei a esquina do prédio, ela tinha ido para uma entrada escura, com uma pilastra para o lado do canal, longe da vista dos passantes. Minha curiosidade fora atiçada. Discretamente procurei um lugar que pudesse ter uma visão melhor do que ela fazia, mas sem me expor. O portal de uma das casas na viela me deu o perfeito ponto de observação.
O que eu iria ver era inacreditável e extremamente excitante.
Ela havia subido sua saia e estava se tocando de uma forma bem erótica. Ela apoiou seu corpo contra a pilastra e uma de suas mãos se apoiava no portão de ferro ao seu lado. Ela estava fora de si, sua cabeça se movendo para trás, sua face tinha uma expressão de puro êxtase. Ela continuou por algum tempo. Eu não estava conseguindo me conter, de tão excitado que estava com o que se apresentava à minha frente, mas não podia interromper aquela cena. Quando ela chegou ao seu ponto máximo, suas pernas quase cederam e ela teve que se segurar ao portão. Após um tempo ela arrumou sua roupa e saiu do seu esconderijo. Eu estava em pé, à sua vista e ela não pode evitar me ver.
Ela andou em minha direção, parou em frente a mim, colocou seus dedos em minha boca. Eu chupei aqueles dedos molhados do seu sexo com grande paixão. Ela me olhou com um sorriso bem sexy e perguntou: - Você gosta do que provou?
Eu não tinha palavras a dizer. Peguei-a em meus braços e a beijei. Um longo, gostoso e doce beijo.
Após isso ela me pegou pela mão e disse: - Vem comigo.
Eu não pude dizer não.

Continua ...